https://en.wikipedia.org/wiki/Wannsee_Conference
Há exatos 80 anos atrás, altas lideranças do Governo Nazista da Alemanha se reuniram num subúrbio de Berlin para deliberar sobre a implementação da “Solução Final da Questão Judaica”.
Esta reunião determinou a cooperação de todos os níveis administrativos para deportação de todos os judeus da Europa para a Polônia ocupada com o fim de leva-los aos campos de extermínio.
Esta reunião foi organizada e comandada pelo SS-Obergrummenfüher Reinhard Heydrich, mas a lista de participantes era bem extensa e inclui Adolf Eichmann
Heydrich começou a reunião informando que haviam 11 milhões de judeus na Europa, sendo que a metade estava em países que AINDA não estavam sob controle Alemão
Sob adequada orientação, no processo da solução final, os judeus devem ser afetados a trabalhos apropriados no Leste. Os judeus fisicamente capazes, separados de acordo com o seu sexo, deverão ser levados em largas colunas de trabalho para estas zonas para trabalhar na construção de estradas, no decurso do qual, sem dúvida, um grande número deles será eliminado devido a causas naturais. Os que sobrarem, pois alguns deles serão resistentes, devem ser tratados apropriadamente, pois trata-se do resultado da seleção natural, e, se fossem libertados, de certeza que dariam origem a novos judeus
Heydrich continuou o seu discurso dizendo que no curso da “execução na prática da solução final”, a Europa seria “passada a pente fino de oeste a leste” mas que a Alemanha, Áustria e o Protectorado da Boémia e Morávia teriam prioridade “devido ao problema doméstico e das necessidades sociais e políticas”.[48] Esta era uma referência à pressão crescente dos Gauleiters (líderes regionais do Partido Nazi) na Alemanha para que os judeus fossem retirados das suas áreas e ali serem realojados os alemães que ficaram sem casa devido aos bombardeamentos dos Aliados, tal como para arranjar espaço para os trabalhadores que eram importados dos países ocupados. Os judeus “evacuados”, disse Heydrich, seriam, primeiramente, enviados para “guetos de transição” no Governo Geral, a partir dos quais seriam transportados para leste.[48] Heydrich explicou que, para evitar as dificuldades legais e políticas, era importante quem era considerado judeu para ser “evacuado”. Descreveu as categorias de pessoas que não seriam mortas. Judeus com mais de 65 anos de idade, e judeus veteranos da Primeira Guerra Mundial que tivessem sido feridos com gravidade ou que tivessem recebido a Cruz de Ferro, podiam ser enviados para o campo de concentração de Theresienstadt em vez de serem mortos. “Com esta solução,” afirmou, “de uma só vez, muitas intervenções serão evitadas.”[
No final da reunião, Heydrich entregou a Eichmann instruções firmes acerca do que deveria constar nas minutas. Eichmann assegurou que nada muito explícito constava da redacção do documento. No seu julgamento disse: “Como é que hei-de vos explicar — algumas expressões mais exageradas e certas terminologias tiveram de ser alteradas por mim para linguagem administrativa”.Eichmann compilou os seus registos num documento com os principais assuntos da reunião e da intenção de o regime avançar. Afirmou, no seu julgamento, que as minutas foram pessoalmente editadas por Heydrich, e que assim o documento reflecte a mensagem que se pretendida que os participantes levassem a cabo da reunião. As cópias das minutas (Protocolo de Wannsee) foram enviadas por Eichmann a todos os participantes após a reunião. Muitas destas cópias foram destruídas no final da guerra pois os participantes da reunião tinham receio de que servissem de provas dos seus crimes. Em 1947 é encontrada a cópia de Luther (a número 16 de 30 cópias que foram feitas) por Robert Kempner, um advogado norte-americano presente nos Julgamento de Nuremberga, no meio de documentos que tinham sido retirados do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha
Isso é tão absurdo e ignobil que não há comentários possíveis! É uma vergonha da raça humans, impessavel o que passou na cabeça desses monstros!
Ricardo, meu irmão
Elie Wiesel, sobrevivente do Holocausto e laureado com o Prêmio Nobel da Paz sempre dizia (lei seu livro “A Noite”) que o Holocausto jamais deveria ser esquecido, não para punir os culpados, mas para que nunca mais se repita