Stop all the clocks, cut off the telephone,Prevent the dog from barking with the juicy bone.Silence the pianos and, with muffled drum,Bring out the coffin. Let the mourners come. Let aeroplanes circle moaning overheadScribbling in the sky the message: “He is dead!”Put crepe bows around the white necks of the public doves.Let the traffic policemen wear black cotton gloves. He […]
Poema em Linha Reta – Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,Indesculpavelmente sujo,Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,Que tenho sido grotesco, mesquinho, […]
Poema: Quando Vier a Primavera – Fernando Pessoa (Alberto Caieiro)
Quando vier a Primavera,Se eu já estiver morto,As flores florirão da mesma maneiraE as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.A realidade não precisa de mim.Sinto uma alegria enormeAo pensar que a minha morte não tem importância nenhumaSe soubesse que amanhã morriaE a Primavera era depois de amanhã,Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.Se esse é o […]
Poema: Mar Português – Fernando Pessoa
Ó mar salgado, quanto do teu salSão lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mães choraram,Quantos filhos em vão rezaram!Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.Quem quer passar além do BojadorTem que passar além da dor.Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele é […]
Poema: A Tabacaria – Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?), Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, Para […]
Poema: O Captain! My Captain! WALT WHITMAN
O Captain! my Captain! our fearful trip is done, The ship has weather’d every rack, the prize we sought is won, The port is near, the bells I hear, the people all exulting, While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring; But O heart! heart! heart! O the bleeding drops of red, Where on […]
Poema: – Complaint – William Carlos Williams
They call me and I go. It is a frozen road past midnight, a dust of snow caught in the rigid wheeltracks. The door opens. I smile, enter and shake off the cold. Here is a great woman on her side in the bed. She is sick, perhaps vomiting, perhaps laboring to give birth to a tenth child. Joy! Joy! […]
Poema: The Tempest Act 5, scene 1, 181–184 Shakespeare
Poema: For Whom the Bell Tolls – John Donne
No man is an island,Entire of itself.Each is a piece of the continent,A part of the main.If a clod be washed away by the sea,Europe is the less.As well as if a promontory were.As well as if a manor of thine ownOr of thine friend’s were.Each man’s death diminishes me,For I am involved in mankind.Therefore, send not to knowFor whom […]
Citação: Préambule – Les Confessions, Livre I Jean-Jacques Rousseau
Que la trompette du Jugement dernier sonne quand elle voudra, je viendrai, ce livre à la main, me présenter devant le souverain juge. Je dirai hautement : Voilà ce que j’ai fait, ce que j’ai pensé, ce que je fus. J’ai dit le bien et le mal avec la même franchise. Je n’ai rien tu de mauvais, rien ajouté de […]