Era uma vez, nesta mesma época do ano (período da lua cheia, depois do equinócio de outono, no hemisfério sul), há cerca de 4.000 anos atrás. Quando ocorreu a maior erupção vulcânica conhecida no período antropocenico (época em que nós humanos habitamos a terra).
Esta erupção, que ficou conhecida como o “Evento Thera” (nome do Vulcão), ocorreu na ilha Grega de Santorini e suas sequelas perceptíveis são o lindo formato de meia lua, que sua cratera deixou.
O efeito desta explosão foi devastador e atingiu regiões bem distantes. Existem evidencias arqueológicas reais em inúmeras regiões do Mediterrâneo. Possivelmente causou impactos que perduram até hoje, como vou narrar na sequencia:
É possível que no Rio Nilo (que fica a cerca de 3.000 km de distancia) esta onda vibratória tenha causado um turbilhão nas suas aguas e com isto:
- O sedimento contido no fundo do rio, agitado pelo abalo sísmico, tenha deixado as aguas avermelhadas, com isto a agua deixou de ser saudável (peixes morreram).
- Os sapos fugiram destas aguas e invadiram as vilas
- Sem os sapos para comeram as larvas, os insetos (piolhos e moscas) proliferam.
- Sem agua potável os animais morrem
- As picadas dos insetos causaram bolhas na pele dos habitantes
- É sabido que mudanças climáticas podem levar a multiplicação intensa de gafanhotos, que devorou as plantações remanescentes.
- O encontro das cinzas vulcânicas com as nuvens fez cair uma enxurrada de granizo
- As cinzas vulcânicas obscureceram a luz solar causando uma escuridão
- A nuvem de gases, contendo gases tóxicos era mais pesada que o ar, e portanto se concentrou mais nas regiões inferiores. No Egito antigo o filho primogênito dormia no nadar inferior. Acho que já sabem o que ocorreu: Makat b’chorot (a morte dos Primogenitos)
Nesta região do mundo habitava um povo que havia sido escravizado gerações antes, que aproveitou esta confusão e liderados por aquele que “Foi Tirado das Águas”, conseguiram fugir do julgo do Tirano da época.
Em certo momento, nesta fuga, chegaram a um mar cheio de juncos (reed sea em ingles), que não podiam atravessar.
No entanto, uma explosão vulcânica ao nível do mar, que se preze, vai causar um belo terremoto e este um inesquecível Tsunami.
Os Tsunamis, por sua vez causam um recuo das aguas, que permitiram a este povo em fuga atravessar o “Reed Sea” (que foi corrompido para Red Sea) em solo seco são e salvos. No entanto, quando o Tirano (também conhecido como Faraó) foi atravessar o Mar “Vermelho” as aguas voltaram (com toda a intensidade de um Tsunami) aniquilando os Exércitos do Faraó.
Esta estória (ou história) foi sendo passada de geração em geração (L’dor Vador, que o saudoso Rabino Sobel tanto gostava de cantar) de forma oral, até que em algum momento (possivelmente na Babilônia no 6º século AC), foi colocada por escrito e passou a ser celebrada anualmente, como quando D’us Salvou os Hebreus do julgo do Faraó.
Esta é a Pascoa judaica, em hebraico “Pessach”, que significa “passar por cima”, em referencia ao anjo da morte ter “passado por cima dos Hebreus”, cuja comemoração se inicia na 4ª feira (08/04/20) e dura oito dias (De geração em geração devemos lembrar nossos filhos que D’´s nos tirou da Escravidão do Egito). Como já relatei antes, o Jantar da Ultima Ceia de Jesus Cristo é na verdade esta celebração (até porque Jesus, toda sua família e todos seu seguidores eram judeus, cujo nome vem da Tribo de Judá)
Eu sou um orgulhoso herdeiro desta cultura, sou da Tribo de Judá (das 12 tribos de Israel só sobraram duas) e com este texto não tenho intenção de ofender ninguém, e nem desmerecer a intervenção divina que ocorreu nesta (e em outras) situações (bem possivelmente as intervenções divinas tenham ocorrido, se utilizando das forças da Natureza). Faço um “revisionismo Histórico” (coisa que um historiado sério abomina), com intuito de fazer uma comparação entre os tempos bíblicos e os tempos terríveis que estamos vivendo.
Imaginem daqui há uns 500 ou 1.000 anos, quando o que estamos vivendo hoje for narrado aos nossos descendentes, em alguma forma de celebração e eventualmente venham a narrar assim:
Habitava a Terra um povo que não soube cuidar de seus recursos naturais.
Não souberam compartilhar sua abundancia com os menos favorecidos.
Geraram tantas disrupções, que a Natureza (ou os D’uses) resolveu punir a humanidade enviando uma praga que os punisse (que ficou conhecida como a “Praga do COVID-19”, que em hebraico será conhecido como “Makot Covid”).
Neste momento me pergunto:
Quem será o “Tirado das Águas” (no Egípcio antigo: Moisés) que conduzirá o povo até Terra prometida?
Eu declaro minha devoção à ciência e seus verdadeiros arautos, como os Dr. Anthony Fauci (que desde o inicio da AIDS vem se mostrando uma luz para todos nós) ou o Ministro Mandetta, que vem resistindo bravamente às tentações (como Santo Antão do Egito, que resistiu por 30 anos do Diabo).
Quem serão os falsos profetas, que querem nos levar a adorar o Bezerro de Ouro, nas suas novas versões: Varias vitaminas, vários remédios ainda não validados e tantas outras falácias. Alguns até são bem intencionados, mas outros parecem estar apenas buscando autopromoção, celebridade ou até mesmo ganho financeiro neste momento de calamidade.
Interessantemente, no Monte Sinai este povo recebeu um código de leis, contendo 613 Mandamentos, nestes existem algumas coisas peculiares:
- Não é preciso lavar as mãos para comer, mas antes de comer, vc precisa agradecer a D’us pelo alimento que será consumido. Para Rezar a D’us, vc precisa lavar as mãos.
- Não se deve comer vários tipos de alimentos (por exemplo: Porco, frutos do mar). Vocês podem imaginar quão saudável seria consumir este tipo de alimento há ~4.000 anos, no deserto, sem refrigeração.
- No 7º dia da semana, você repousara, seu servo repousará e seus animais repousarão.
Isto é, após uma enorme tragédia (a escravidão no Egito) foi criado um novo código de relacionamento.
Nós vamos ter uma real oportunidade de criar uma sociedade melhor, em Outubro próximo teremos eleições e L’dor Vador (de geração em geração) devemos nos lembrar de quem nos conduziu a Terra Prometida? Quem teve o desprendimento de solucionar o problema coletivo e não o privado?
Como sou médico, quero que se lembrem de falas como a que é imputada a Ciro Gomes: “Médico é como Sal: Branco, Barato e tem em todo lugar”
Jairo T. Hidal
Interessante a sua análise e seu humor. Parabéns
Muito obrigado. Estou aprendendo a lidar com isto.