Fanny Schechtman, possivelmente no Jardim da Luz

Fanny Schechtman, minha mãe, nasceu na 1ª noite de Pessach (15 de Nisan de 5681), que no calendário Gregoriano seria dia 02 de Abril de 1921. No âmbito familiar seu aniversário era celebrado em Pessach (a pascoa judaica). Seus pais eram Regina Feffer Schechtmann e Moysés Schechtmann, ambos oriundos da Ucrânia.

O sobrenome Feffer, é originalmente Pfeffer (pimenta)

Já o Schechtmann advém de Schechita https://en.wikipedia.org/wiki/Shechita, que é a pessoa que faz o abate de animais para consumo, segundo os preceitos religiosos judaicos (Kashrut)

Há uma incerteza sobre o ano e local de nascimento dela. Alguns dizem que ela nasceu na Europa (who knows where?) na fuga da família dela da Ucrânia para o Brasil. Ela mesmo dizia ter nascido em SP

Meus pais se formaram em 1942 , ela em Química (que levava 4 anos), e ele em Medicina (que levava 6 anos). Meu pai cursou um tal de “Pré-Médico” (que seria uma espécie de “Proto-Cursinho”), portanto eles deveriam ter 3 anos de diferença de idade. Mas meu pai nasceu em 1915 e minha mãe em 1921 (seis anos de diferença). Esta é a razão da especulação de quando e onde minha mãe nasceu.

De qualquer modo pelo relato que minha mãe deixou, a família dela (meus avós Regina e Moyses; Minha Bisavó Bertha e meus Tios-avôs David, Maria e Leon Feffer) chegaram a Santos em 1920 no Navio Trás Os Montes. Veio também nesta viagem o Sr. Adolpho Bloch que criou o grupo Manchete (Revista e Rede de TV). Vejam sobre isto em: https://mostlykind.com/relato-de-fanny-s-t-hidal-sobre-a-vinda-da-familia-para-o-brasil/

Em 1924 houve uma “Revolução” em São Paulo, conhecida com a “Revolta Esquecida” https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_Paulista_de_1924, que durou de 05 a 28 de Julho, que foi a maior conflito urbano da história do brasileira. em cenas que lembravam a Grande Guerra (como na época se referia a Primeira Guerra Mundial). Houve bombardeios aéreos, explosão de bombas, casa e moradias destruídas; Tanques de Guerra nas ruas e a população em pânico, atingindo vários bairros de São Paulo, incluindo o Brás, onde moravam. Vcs podem imaginar como ficaram meus familiares recém chegados dos horrores da Europa (Pogroms na Ucrânia, Horrores da Grande Guerra e a instalação do Governo Comunista na antiga Rússia. Abandonaram tudo e fugiram para Campinas, que estava fora dos alvos da Revolta e se esconderam na casa de parentes. Ao final da Revolta, retornaram as suas casas, que haviam deixado abertas e para surpresa deles, encontraram seus bens intactos (obviamente os tempos mudaram)

Conta-se que meu avô Moyses era um homem muito inteligente e competente nos negócios e quando veio o Crash da Bolsa de Valores de 1929 já teria amealhado um certo patrimônio, que foi perdido totalmente nesta crise. Moyses se re-ergueu e ao falecer em 1954 (antes do meu nascimento) deixou a familia bem amparada.

A Familia:

O lado materno da família de minha mãe (os Feffer) vieram juntos (vejam o relato contido no meu Blog). Depois de algum momento meu avô Moysés trouxe sua família para o Brasil (eram mais 5 irmãos)

Moyses e Regina ladeiam uma filha (não estou seguro se é a Fannyzinha ou a Sarinha)
Fannyzinha e Zezinho junto ao Pai

Minha mãe era a filha mais velha, depois nasceu meu tio Zezinho (que apesar de ser meu Padrinho, não gostava muito de mim) e a caçula era a minha querida tia Sarinha

Manoelzinho; Fannyzinha; Sarinha; Saulzinho (reparem nos calçados de meu pai e tio. Devia ser a moda da época)
Minha querida Tia Sarinha, que sempre me deu muito afeto e carinho

A festa de 15 anos de Fanny em 1936

Nesta foto estão os “jovens”. Fanny esta na 1a fila com um bouquet de flores. Meu pai esta sentado na fila de trás (4ª pessoa da esquerda para a direita. Eu reconheço nesta foto: Mariazinha Fleitlich; Paulina Pistrak; José Schechtmann; Jayme Balaban; Lutz Fainguemboin

Nesta foto estão os “velhos”. Meus avós maternos ladeiam minha mãe. Sentado no chão, de calça curta esta Max Feffer. Identifico anda: Antonieta e Leon Feffer; Meus avós paternos; Isidoro Chansky (que veio a ser o 2º esposo de minha avó Regina); Emilio Berezovsky; os pais do Nelson Hamerschlak; Maria e Isaac Pistrak

Entre os vários negócios que Moyses teve, um foi uma loja de pianos em sociedade com o Sr. Israel Hamerschlak (pai do meu compadre Nelson). Creio que por causa disto a família foi estudar este instrumento e minha mãe se formou no Conservatório Dramático e Musical de SP, como concertista, mas creio que nunca vi minha mãe tocar algo, https://pt.wikipedia.org/wiki/Conservat%C3%B3rio_Dram%C3%A1tico_e_Musical_de_S%C3%A3o_Paulo

Conservatório Dramático e Musical de São Paulo 01.jpg

Formação Acadêmica:

Pouco sei da educação pré-universitária de minha mãe, mas a foto abaixo é da Escola Modelo do Braz

Escola Modelo do Braz 2º Anno B

Minha mãe se formou em “Chimica” na USP (que é escrevia, pois se formou antes da Reforma Ortográfica de 1943 https://pt.wikipedia.org/wiki/Formul%C3%A1rio_Ortogr%C3%A1fico_de_1943) . Vale a pena comentar sobre a USP.

1. Com a derrota de são Paulo na Revolução Constitucionalista de 1932, varias lideranças paulistas perceberam que era necessario criar uma nova elite capaz de contribuir com o aperfeiçoamento das instituições do governo e por fim do País.

2. Em 1934 o Interventor (equivalente hoje a Governador) criou a Universidade de São Paulo, onde varias instituições ja existentes (Faculdade de Direito, de Medicina, de Farmácia e Odontologia entre outras) foram agrupadas a nova Faculdade de Filosofia Ciência e Letras (a FFLCH é hoje um desdobramento da FFCL) que é onde Fanny estudou.

Foram trazidos professores do exterior, entre eles: Claude Levy-Strauss; Fernand Braudel e no caso especifico da Quimica dois Professores que foram expulsos da Alemanha Nazista: Heinrich Rheinboldt e Heinrich Hauptmann (este é avô da Renata casado com meu Primo Daniel)

Fanny esta na 2a fila, a 7ª pessoa da direita para a esquerda

Namoro e Casamento:

Não tenho certeza de quando meus pais começaram a namorar (mas lembrem-se que quando Fanny fez 15 anos, tanto meu pai, quanto meus avós paternos estavam presentes), mas seu que eles foram apresentado por um Tio de Fanny (David Feffer, que veio a falecer de uma apendicite supurada, antes do advento dos antibióticos) no Circulo Israelita, uma agremiação sociocultural da Comunidade que depois se fundiu ao Club Macabi (este devotado aos esportes) e que tem sua sede no Tremembé.

Meus pais se casaram em 1944 (dois anos após terem se formado) e a cerimonia religiosa foi no Templo Beth El (que hoje é o Museu Judaico de SP) e a festa foi depois nos salões do Club Paulistano.

Templo Beth El em cujo prédio hoje funciona o Museu Judaico

Minha mãe é na verdade a 3ª Fanny Hidal da família:

  1. Meu avô Jacob tinha uma Irmã chamada Fanny, que de casada se tornou Rubinstein
  2. Minha avó paterna (casada com Jacob) era Fanny Goldstein e virou Fanny Hidal
  3. Minha mãe Fanny Schechtman, virou Fanny Hidal
Convite de casamento de meus pais
Meus pais recém casados saindo da Sinagoga Beth El

Vcs podem perceber que eles se casaram durante a 2ª Guerra Mundial, e por falta de cimento não se construía nada no Brasil. Eles foram morar numa edícula da casa de Regina e Moyses (meu pai dizia que preferia ter tido um lugar para morar em vez de uma mega festa)

Só em 1949 eles conseguiram ter o seu primeiro apartamento. Leiam o lindo bilhete que meu pai escreveu para minha mãe (tenho certeza que isto foi acompanhado de lindas flores)

Minha mãe adorava reunir-se com a família (lembrem-se que meu pai era filho único) e o grande programa de final de semana era estar com a minha avó Regina (que se casou mais 2 vezes depois do falecimento de meu avô) e a família da minha Tia Sarinha

Na minha família todos eram chamados pelo diminutivo: Manoelzinho, Fannyzinha; Sarinha; Zezinho e assim por diante.

Minha avó Regina e minha mãe cozinhavam muito mal e não era exatamente um prazer comer as coisas que elas preparavam. já na casa da minha Tia Sarinha (minha única parente desta geração viva), que vivia contigua a casa de Regina, a coisa era diferente. Sempre havia um diversidade de pratos muito saborosos (ela fazia um Nhoque que até hoje tenho água na boca) e uma conversa agradável.

Vida Profissional:

Após formada em Química Fanny foi trabalhar numa indústria, que se bem me lembro era a Orion https://orionsa.com.br/a-orion-s-a/, especializada em artigo de borracha.

Fanny é a 1ª pessoa à esquerda, na 1ª fila

Após algum tempo, foi aprovada em concurso publico e foi trabalhar no Instituto Adolfo Lutz http://www.ial.sp.gov.br/, onde ficou até sua aposentadoria compulsória (por idade). Lá era lotada na seção de Bromatologia (ciência dos alimentos) https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_dos_alimentos e em especial no campo de “doces e amiláceos” (derivados do amido. Haviam dois tipo de análise:

Instituto Adolfo Lutz, na Av. Dr. Arnaldo
  1. Para aprovação para comercialização de produtos (de alguma forma como a ANVISA faz hoje para aprovar medicamentos, mas lembrem-se estamos falando dos anos 40).
  2. Para fiscalização de produtos apreendidos no mercado.

Haviam algumas tramoias (que surpresa!) para ludibriar os consumidores, tipo:

  1. As padarias (que vendiam o pão por unidade e não por peso, como é hoje em dia) colocavam Bromato de Potássio KBrO3) https://pt.wikipedia.org/wiki/Bromato_de_pot%C3%A1ssio na massa e estas 3 moléculas de oxigênio eram liberadas, fazendo a massa crescer mais (dando a impressão de ter amis peso) e também deixava a massa mais branca. De quando em quando explodia um forno de padaria, pois tinham errado na quantidade.
  2. Outra “Maldade” era tapear o consumidor não colocando ovos no macarrão que era vendido como tendo este produto. Fanny, que também teve seu período de ser pesquisadora. publicou o trabalho abaixo, onde desenvolveu um método para medir colesterol em massas. O racional por trás era que se tivesse ovo, teria de ter colesterol.

Seguramente a vivencia de minha mãe no Adolfo Lutz foi muito boa para ela. Fez amizades de uma vida, foi útil a Sociedade e tinha o prazer indescritível de ter seu próprio sustento (naquela época haviam muito poucas mulheres com curso superior e que tinha trabalho remunerado

Dulce Vasconcellos (a grande amiga de minha mãe) e a mãe dela

Uma das experiências que minha mãe relatava com muito carinho é que em certa época Helen Keller veio ao Brasil e fez uma conferencia em algum anfiteatro do complexos de saúde da região (apenas para esclarecer, numa mesma região, como se fosse uma “super quadra” estão: Hospital Emilio Ribas; Hospital do Câncer Octavio Frias; Instituto Adolfo Lutz; Faculdade de Medicina da USP; Hospital das Clinicas e seus vários institutos: Coração, Criança; Ortopedia. Psiquiatria; Medicina Tropical, IML; etc.).

Hellen Keller “vendo” o Presidente Eisenhower com as mãos

Hellen Keller https://pt.wikipedia.org/wiki/Helen_Keller nasceu em em 1880 e quando ainda bem criança teve um quadro infeccioso, que causou perda de audição e da visão (ficou totalmente cega e surda) e foi considerada incapaz de aprender qualquer coisa. Até que foi contratada para cuidar dela a Professora Anne Sullivan, que conseguiu através do sentido do tato (ela levava a mão de Helen a sua garganta para ela sentir as vibrações e com isto ela aprendeu a falar e se comunicar). Em 1904 Helen se formou na Faculdade (Radcllife que era a versão feminina de Harvard). Esta linda história esta relatada no filme: “O Milagre de Anne Sullivan”: https://youtu.be/z3mCkggD6qg

Hellen se tornou uma ativista pela causa dos desfavorecidos incluindo minorias, os cegos e os surdos.

Voltando a Fanny, ela conta que estava no anfiteatro, Hellen Keller esta se dirigindo ao palco, onde faria sua palestra e de alguma forma para para falar com minha mãe e a “palpa” como na foto acima e reconhece que ela estava de avental e que no bolso do mesmo tinha alguns instrumentos de laboratório (imagino uma espátula) e, como se fosse uma detetive, foi deduzindo (acertadamente)a profissão de minha mãe.

Filhos Noras e Netos:

Fanny teve dois filhos, Eduardo nascido em 1951 e eu em 1954

Entre o nascimento de Eduardo e o meu, sei que minha mãe teve uma perda gestacional

Eduardo e eu (eu com minha fantasia predileta de Pierot), no apartamento da R. Augusta
Eduardo Jairo & Fanny (eu já usava gravata borboleta)

Minha mãe era uma mãe muito rigorosa (e eu muito espoleta, chegando a ter um apelido de “Terremoto” e vcs podem imaginar que a gente “dava muita trombada”). Além de ir na escola regular, nós tínhamos várias obrigações: Musica era uma delas (mas eu sou muito, mas muito ruim mesmo nisto).

  1. Frequentava a escola da Anita Guarnieri (ficava na Av. Brasil com Rua México) eu era tão ruim que acabei ficando com uma espécie de sininho.
  2. Tínhamos piano em casa (vcs se lembram que minha mãe era concertista), mas um dia eu fechei a tampa dele na mãe da professora, que nunca mais voltou.
  3. Tinha ainda os famosos “Concertos para a Juventude”, aos domingos no Teatro Municipal (de gravata).

Eduardo se casou com a Silvia, numa linda cerimonia na casa de Atibaia, oficializada pelo Rabino Pinkuss e tiveram 2 lindas meninas:

Aniversario da Pupi: Silvia; Luci; Fanny; Caca e Pupi
Fanny com Ariel & Gabriel

  1. Joana (Pupi); “casada” com o Marcos, fez comércio exterior, mas trabalha com muitas coisas de 3º setor
  2. Caroline (Caca): a 4ª geração médica da família. Faz Residência em Oncologia na Alemanha
Formatura da Caca em Medicina

Luci e eu nos casamos em 1987na CIP e fomos abençoados com dois filhos que nos trazem grande alegrias:

Luci e eu no Atacama
  1. Gabriel: Formado em Economia na USP, é casado com a querida Vicky (cujas famílias são amigas há gerações), faz um MBA em Columbia, NY. Eu gostaria muito que ele fizesse um duplo MBA: “Make Baby in America”
Formatura do Gabriel em Economia na USP
  1. Ariel: Nosso caçula. Fez um Bacharelado em “Liberal Arts” tb em Columbia (com Major em Economia e Filosofia). É sócio em uma produtora de filmes (sofre bastante com a pandemia)
Vicky, Ariel e Gabriel em Columbia
Despedida de Ariel antes de retornar a faculdade nos EUA (Ariel adora esta camisa da Marinha Francesa, que Picasso tb usava, mas a Luci não gosta não)

O Einstein:

Prédio inicial do Einstein, que hoje leva o nome de Manoel

Todos sabem do empenho de minha família para idealização do Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo. Quanto do esforço laboral da família foi alocado neste empreendimento, o quanto de renuncia pessoal e financeira foi necessário. No entanto, enquanto meu pai perseverava para realização deste sonho, alguém precisava cuidar da casa, garantir a educação dos filhos e seguramente sua capacidade, de pelo seu trabalho, garantir a “Parnassá” (no hebraico: Sustento) ajudou muito. É preciso sempre ter em mente que venho de uma família de classe média alta, não havendo nenhuma grande herança que permitisse uma vida de ócio. Por isto minha mãe nunca teve um maior envolvimento pessoal com o Einstein, nem com o seu famoso Corpo de Voluntárias, que tanto ajudou e ajuda nesta linda obra.

No entanto, minha mãe tinha uma relação de “amor e ódio” com o Einstein, por um lado muito orgulhosa do que estava sendo feito, mas por outro lado, se referia a ele como sendo a “Amante do Manoel”

Muitas coisas aconteciam na nossa casa como na foto abaixo. Em1959 o filho e a nora de Albert Einstein vem a São Paulo para o lançamento da Pedra Fundamental das obras do hospital e são recepcionados com um almoço

Casal Einstein sendo recepcionado em nossa casa na R. Tavares Cabral. Da esquerda para a Direita: Hans Albert Einstein; minha avó Regina; Fanny
Esta é a carta que as “esposas” que recepcionaram o casal Einstein receberam.
Como toda boa mãe judia, no final tem a receita de como fazer um “Fondue Neuchatel”
Inauguração do Einstein em 1972. Da Esquerda para a direita: Murilo Antunes (Chefe do Cerimonial da Presidência da Republica); Antonieta Feffer; Fanny; Ema G. Klabin (Presidente de Honra do Hospital), cumprimentando o Presidente Médici.

Quando minha mãe faleceu o Einstein fez uma linda cerimonia de homenagem a ela: ttp://learning.einstein.br/p81yjr1i024/ (se quiserem assistir a cerimônia mesmo se inicia aos 06:00 minutos)

Esta linda placa em homenagem a Fanny foi colocada no prédio que leva o nome de meu pai

Moradias:

Meus avós mudavam de lugar e bairro com alguma frequência, mas viveram muito tempo num casarão na R. Cardoso de Almeida.

Se minha memória não falha, esta seria a casa na Cardoso de Almeida com João Ramalho

Uma curiosidade, que não é diretamente relacionada a esta história. Algum tempo depois da morte de meu avô Moyses, minha avó Regina se casou com seu concunhado Isidoro Chansky. Ambos foram morar num elegante prédio de apartamentos (tipo Flat) pertencente a loja de Departamentos Mesbla que existiu por décadas no Brasil (se bem me lembro era na Praça Dom José Gaspar)

  1. A Mesbla https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesbla era originaria de um grupo francês, “Etablissements Mestre et Blatgé, que se estabeleceu na América Latina
  2. O grupo Frances se desinteressou da filial brasileira que a entregou ao administrador do grupo na na Argentina.
  3. Com o advento da 2ª guerra mundial ele ficou preocupado com o fato da França estar sob domínio alemão e optou trocar o nome de Mestre et Blagé, para MESBLA

Quando eu nasci meus pais moravam num apartamento no Baixo Augusta, que era um projeto do Arquiteto Rino Levi https://pt.wikipedia.org/wiki/Rino_Levi (que depois veio a ganhar o concurso para o projeto do Prédio original do Einstein). Era um prédio de 3 andares, com 2 unidades por andar (6 apartamentos no total, com uma grande área livre. https://www.archdaily.com.br/br/01-176625/edificio-de-rino-levi-na-rua-augusta-sera-demolido Nós morávamos no Térreo e portanto era como se fosse uma casa. Eduardo (meu irmão) e eu éramos as únicas crianças do prédio e certamente éramos muito mimados

Este apartamento tinha uma planta inovadora para a época, sendo em “L”, os quartos não se comunicavam diretamente com a cozinha. A sala de estar ficava entre eles

Algum tempo depois meus pais compraram uma casa no bairro de Pinheiros (R. Tavares Cabral), que é uma rua de uma só quadra, travessa da antiga R. Iguatemy (hoje Av. Faria Lima). Uma curiosidade: é estranho que este bairro se chame Pinheiros e moro nesta região há mais de 60 anos e nunca vi um pinheiro por lá. Uma vez me falaram que na verdade na margem do rio tinha muitos “ESPINHEIROS” e a rua dos Espinheiros, em uma destas corrupções da lingue virou Rua dos Pinheiros (quem em conhece sabe que conhecimento inútil é comigo mesmo)

Eduardo, Marcos, João (nosso vizinhos de frente) e eu na casa da Tavares Cabral

Meu pai comprou esta casa em prestações, que eram pagas diretamente ao antigo proprietário (Sr. José Matoso, parente do Sr. Eusébio Matoso, que da nome a Avenida) http://www.historiaspaulistanas.com.br/index.php/inauguracao-avenida-eusebio-matoso/). As prestações eram pagas mensalmente provavelmente com correção pela “Tabela Price” http://www.historiaspaulistanas.com.br/index.php/inauguracao-avenida-eusebio-matoso/.

Ainda faltando algum tempo para quitar o financiamento, o Sr. Matoso chamou meu pai, pois queria passar a escritura definitiva do imóvel (minha lembrança é que seria estabelecido algum novo imposto). Meu pai explicou ao Sr. Matoso que ele não tinha como quitar as prestações antecipadamente. O Sr. Matoso teria respondido: “O Sr. pagou corretamente até agora, tenho certeza de que continuará fazendo depois” , e assim foi. Este era o famoso “Fio do Bigode” http://www.portalr2s.com.br/o-fio-do-bigode/.

Margareth & Winston: Nossos Buldogues Ingleses
Jairo, Minhas avós Fanny e Regina, Fanny (minha mãe); Eduardo e Manoel. No jardim da Tavares Cabral

Após mudarmos deste endereço foi incorporado um prédio comercial que também leva o nome de Manoel Hidal.

Moramos nesta casa até um pouco depois do falecimento de meu pai (1979), quando minha mãe comprou um apartamento de cobertura na R. da Mata. Era um apartamento peculiar, pois era um prédio de 10 andares, com 4 apartamentos por andar, mas a cobertura juntava os 4 apartamentos e tinha um enorme terraço em toda sua volta. Tinha todos os problemas de uma cobertura (vazamentos) e minha mãe arcava com 10% do custo do condomínio.

Condomínio Edifício São João - Rua da Mata, 168 - Itaim Bibi | 123i
Prédio na Rua da Mata

Algum tempo após meu casamento (~1988) minha mãe se mudou para a R. Carlos Milan, num apartamento de 1º andar, entre o Shopping Iguatemy e a Hebraica.

Edifícios e condomínios no Jardim Paulistano em Sao Paulo, SP| 123i
Prédio onde Fanny morou até o final da vida

Fanny caminhando próximo ao seu apartamento na R. Carlos Milan.

Locais de Lazer:

Durante boa parte de minha infância, íamos para São Vicente, num pequeno apartamento que era de meu avô Moysés (minha recordação é que ele teria recebido ele como pagamento de alguma divida)

Fanny e Manoel na praia em São Vicente

Na década de 60 um grupo de amigos ainda jovens buscavam um local de lazer para suas famílias e houve uma junção de interesses: Sr. Leon Feffer, o construtor Engenheiro Arão Sahm e os interessados (Famílias que fizeram e fazem parte profunda de nossas vidas e que até hoje nos chamamos de primos, como [seguramente vou esquecer de vários]: Isler; Vago, Levy; Papadopol; Steinbruch; Elisabetsky; Rabinovitch; Rozenfelfd; Lipner; Durlacher; Nussenzweig; Sahm; Wajchenberg; Goldstein; Mezan; Salmonsen; Iguatemy; Fischer; Feldman; Schwarcz; Zylberman, Lottenberg, e tantos outros).

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Fanny e Manoel no terreno da casa de Atibaia

Uma boa parte do desenvolvimento do projeto do Einstein foi feito nos encontros deste condominio

Este condomínio que se chama “Estância Parque Atibaia” foi concebido como um clube, com área social e esportiva que cuida da manutenção da parte comum. Eram Lotes relativamente pequenos (para o padrão atual). Era comprado um terreno com 1 casa que poderia ser de 2 ou 3 dormitórios a preço fixo. Numa data acordada foi feito uma espécie de sorteio de qual lote caberia a cada comprador. Nós chegamos atrasados para o sorteio (possivelmente pois algum paciente de meu pai requereu sua atenção) e nos coube um terreno em cima do morro (passei vários anos reclamando de ter de subir isto)

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Eduardo com a Pupi e a caca na pequena sala de Atibaia

Gabriel & Ariel na Casa de Atibaia (antes da reforma)
Almoço de aniversário de Fanny – Luci e eu

Luci e eu recebemos esta casa como herança, fizemos uma bela reforma (apesar de ainda ser pequena para os padrões atuais de mansões), mantendo um pouco do espirito de meus pais. Tem sido nosso porto seguro nesta pandemia.

Google Map do Condomínio em Atibaia
Nossa casa de Atibaia depois da reforma
O telhado de Atibaia após a reforma

Os amigos:

Enquanto meu pai era vivo havia sempre muitos amigos. Alguns me contavam histórias que eu custo a acreditar, como por exemplo que meu pai era um exímio “puxador de cordão de carnaval”, que era um excelente churrasqueiro (teria parado, pois em certa feita teria pego um importante infecção respiratória após ficar na grelha por muitas horas)

Roberto e Queila Gordon; Rosinha e Bernardo Goldfarb; Fanny e Manoel; Anna e Marcos Elisabetsky (Gabriel nosso filho é casado com a neta deles) e Fany e Idel Aronis. Vejam as coisas de época. Me parece uma festa elegante, mas a bebida servida é cerveja (o rótulo parece ser da Antarctica)

Após o falecimento de meu pai, estes relacionamentos diminuíram bastante (minha mãe tinha um “gênio” muito difícil, To say the least), mas muitos ficaram e em especial os queridos Alce e Max Eberhardt, que cuidaram de nossa família como segundo pais e sou eternamente grato a eles

Fanny, Max e Alice

Viagens:

Creio que os mais jovens não vão acreditar, mas na minha juventude não se viajava muito para o exterior, e quando se fazia era algo com “pompa e circunstancia”. Acompanhávamos e íamos buscar as pessoas ao aeroporto, se vestia “bem arrumado” (gravata no mínimo). O voos eram demorados (não havia jatos e para se ir a Europa era necessario fazer uma escala em Dakar, no Senegal, para reabastecimento. As passagens eram muito caras e portanto se faziam viagens de meses (a hospedagem ao contrário eram relativamente baratas)

Portanto meus pais viajaram relativamente pouco para o exterior (creio que meus filhos aos 15 anos já tinham viajado ao exterior mais que meus pais), fora o fato que a profissão de médico não facilitava muito poder se ausentar (a medicina brasileira sempre foi muito personalista)

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Fanny e Manoel em Capri (vejam as meias de meu pai – “Happy Socks” já era moda)
Eu e minha mãe em Buenos Aires

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Fanny e Manoel. Baia de San Francisco – Na sua formatura em Stanford Eduardo resolveu ensinar eles a velejar

Meus pais e Eduardo no Havaí

Em geral as férias de Eduardo e minhas eram numa espécie de colônia de férias da nossa Sinagoga, chamado de “Campos de Estudos” (quem sabe isto explique por que eu seja do jeito que sou); acampamentos de um movimento juvenil que pertencíamos (tipo escoteiros) e quando mais velhos, íamos ao exterior, desde que fossemos aprender alguma coisa (em geral línguas, mas como em tantos outros quesitos meu irmão sempre foi melhor que eu)

Em geral uma vez por ano, fazíamos uma viagem de carro pelo Brasil me lembro de algumas:

  1. Brasília
    1. Meu pai era fascinado pelo Juscelino Kubitschek , a ponto de ter ido (junto com o avô da minha nora) para a inauguração da nova capital.
Meu Tio Saul, Manoel, Marco Elisabetsky; Reynaldo Zylberman na inauguração de Brasília
  1. Para ajudar com esta nova cidade ele comprou um “apartamento funcional” https://historiasdebrasilia.com/ que eram apartamentos que serviriam de moradia aos funcionários Federais que seriam transferidos do Rio de Janeiro para a nova capital
    1. Lá fomos nós conhecer a Capital, o que me lembro:
      1. Fomos no fusquinha da minha mãe
      2. Acho que nos hospedamos no Hotel Nacional (meu pai era amigo do José Tjurs, que construiu o Conjunto Nacional em SP e a rede de hotéis)
      3. Lá conheci meu Tio-Avô Emilio T. Hidal
        1. Primeiro médico da família (se formou no RJ)
        2. Teve ligações politicas (creio que se opunha ao Jânio Quadros)
        3. Sua primeira esposa teria sido secretaria pessoal de Darcy Vargas (esposa do Getúlio)
  2. Foz do Iguaçu e Assunção do Paraguai (1969)
    1. Fomos tb de Fusquinha, junto com a família do meu Tio Zezinho
    2. Lembro bem desta viagem pois foi durante ela que Neil Armstrong chegou a Lua
  3. Lindoia:
    1. Era bastante comum irmos para uma “estação de aguas”
      1. Ainda não entendi bem o era isto
      2. Cada um tinha um copinho plástico graduado e a gente ia de fonte em fonte e tínhamos de tomar uma certa quantidade deste precioso liquido
    2. Ficávamos ou no Hotel Tamoyo (o mais chique) ou no Mantovani (que ficava ao lado) e que era de propriedade de um colega de faculdade de meu pai.
      1. No Tamoyo meu pai me mostrou de longe seu Professor Jairo de Almeida Ramos, sendo esta a origem do meu nome
      2. Segundo meus pais o Staff (cozinheiro, Maitre, Garçons, etc.) tinham trabalhado antes do Jockey Club de São Paulo (que era um dos endereços mais elegantes da cidade)
      3. Meu pai contava que certa feita um grupo de amigos (acho que ele era parte) foi passar uma temporada no Tamoyo e ao chegarem chamaram o Maitre, pegaram um bolo de dinheiro e rasgaram ao meio e entregaram metade ao Maitre e disseram a ele: “A outra metade você recebe se formos bem atendidos” Isto é “Chutzpah” https://pt.wikipedia.org/wiki/Chutzpah
    3. Há alguns anos atrás, Luci Gabriel e eu fomos a Lindoia, para ver uma feira de carros antigos (eu tenho uma vontade de ter um Mustang antigo). Uau que decepção. Não tem mais o charme
  4. Cambuquira:
    1. É mais uma destas cidade do “circuito das águas”
    2. Meu pai deixava minha mãe, Eduardo lá com seu Chevrolet 1951 e ia nos ver aos fins de semana
    3. A razão de em lembrar tão bem disto é que numa destas estadias recebemos uma ligação de SP, que meu primo Martin (filho do Zezinho) com ~7 anos de idade tinha Tido um Acidente Vascular Cerebral devido a um aneurisma.
      1. Meus pais optaram voltar a SP na madrugada (lembrem-se que meu pai era o único médico da família)
      2. Pegamos uma estrada com uma chuva torrencial e em certo momento meu pai para o carro para abastece-lo e o frentista pergunta a ele se meu pai precisava de balas para seu revolver!!!!
      3. O Einstein ainda não existia, o Martin foi levado a Boston (Lahey Clinic) e lá foi operado pelo Prof. Popper com grande sucesso
  5. Salvador:
    1. Lá fomos nós (desta vez acho que fomos com o Opala)
    2. Foi uma viagem memorável, com uma descoberta culinária de sabores novos para mim
      1. Não resisto a colocar uma piada: uma família Sefaradita foi almoçar na casa de uma família Azhkenasi. Quando saíram resolveram fazer um teste de COVID. a Razão: a comida não tinha gosto!
    3. Conhecemos alguns artistas e meus pais compraram algumas obras de arte (naquilo que seu orçamento permitia)

Após a morte de meu pai, Fanny fez varias viagens pelo mundo (acho que este traço eu herdei dela)

Fanny Hidal e Fanny Barmak
Pelo Chapéu creio que seja na Turquia. Nesta viagem minha mãe teve uma queda numa porta giratória e meses depois teve uma hematoma sub-dural, que foi operado e do qual se recuperou bem

Leituras:

Fanny era uma avida leitora e estava antenada em tudo. Tinha uma enorme predileção por Stefan Zweig (creio que Maria Antonieta era o predileto dela)

Meu querido amigo Ilko Mivev de Manaus, se tornou escritor e minha mãe se tornou sua fã

Festas:

Fanny adorava festas e ocasiões sociais

Aniversario de Fanny, celebrado no meu apartamento na Rua da Mara. Eduardo, Caca, Jairo, Fanny, Pupi, Tio Leon e Tia Antonieta

Um dos últimos jantares de Pessach na casa do Eduardo

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Algum evento festivo no Einstein
Festa a fantasia (vestidos de roupa japonesa). Paulina (a anfitriã); Sarinha; Saulzinho e Fannyzinha

Aniversario de 80 anos de minha avó Regina

Saúde:

Obviamente minha mãe tinha boa saúde, pois viveu até boa idade (como não sabemos bem quando ela nasceu temos duvidas sobre sua idade ao falecer, mas teria sido entre os 95 e 98 anos).

Quando eu era criança (~5 a 6 anos de idade), minha mãe foi submetida a uma cirurgia ginecológica (creio uma histerectomia) e algo deu errado, pois ela teve uma séria hemorragia. Ela teria ficado tão fraca, que não tinha condições de ser re-operada (lembro novamente que estamos falando de uma época com muito poucos recursos). Minha mãe era meio melodramática e portanto o que relato a seguir pode não ser a verdade dos fatos. Eduardo e eu fomos levados ao hospital para se despedir dela e ela teria dito a meu pai, que se ela falecesse era para ele se casar de novo, para que os filhos não ficassem órfãos. UAU!!!

Já relatei o hematoma sub-dural que ela teve e foi operada pelo Dr. Brandt, com sucesso

Em 2012 houve uma falha no comando elétrico do coração. Isto levou a ela ficar por muitas horas com um baixo fluxo sanguíneo cerebral. Daí em diante ela passou a ter um importante e progressivo declínio cognitivo, a ponto que ao fim de sua vida ela acreditava que seus filhos e demais parentes já tinham falecido.

Mas seguramente o aspecto de saúde mais complicado de minha mãe (e de vários de seus parentes) era sua bipolaridade que periodicamente ciclava e enquanto meu pai era vivo ela de alguma forma conseguia controlar seus exageros (mas o mês de agosto era sempre uma surpresa para nós, pois em geral era neste período que ela desequilibrava). O Dr. João Radvany, seu médico, conseguiu ajudar bastante, mas este distúrbio é a razão do seu “Gênio difícil”

Fanny já bem idosa

Fanny faleceu em 14 de fevereiro de 2016



31 Replies to “Minha mãe completaria 100 anos 02/04/21”

  1. Muito legal compartilhar parte da história de sua família…….👏👏👏
    Abraços

    1. Querido Jairo,

      Adorei o relato da história da querida Fanny & Família!
      Trata-se de uma inestimável e comovente recordação!
      Parabéns!!
      Abraços

  2. Parabéns, pra fabulosa mamãe, que também preparava o jantar para o “filho” e mais 2 amigos que davam plantão juntos… inesquecível… abraços carinhosos …

  3. Muito boa a história de sua família.
    Deve ter tomado muito tempo está elaboração.
    Mas valeu a pena!!!
    PARABÉNS!!!!

  4. Linda história!!! Mostra o “novelo” de que se constitui o fio da vida de todos nós . Parabéns!!!

  5. Querido Jairo, adorei ter conhecido um pouco da história da sua mãe e sua família .
    Beijão
    Feliz Pascoa !

  6. tenho acompanhado o seu ” ciclo narrativo” , mas essa é, sem dúvida, a sua melhor história; kol hakavod.

  7. Relembrar a história da sua família é o maior
    presente que poderia dar a sua mãe , ela teria muito orgulho do ser humano que o Senhor se tornou !!
    Abraços !!

  8. Linda retrospectiva Jairo.
    Dona Fanny era uma pessoa muito especial.
    Gostava de ouvir as pessoas, sempre com um senso crítico muito aguçado.
    Lembro que, ainda na época de estudantes, quando íamos a sua casa para estudar sempre oferecia um chá ou sucos e ouvia nossas histórias.
    Tinha enorme admiração e carinho pelos filhos e netos.
    A forma como foi contada essa história, em capítulos, reflete a dinâmica do que foi a vida de D. Fanny e sua interação com a família, o trabalho e a vida social. Nas entrelinhas pode-se perceber as dificuldades que enfrentou e a felicidade pelo sucesso de seus decendentes.
    Sua memória, agora registrada, confirma o valor da vida.
    Parabéns a ela e a todos os membros dessa maravilhosa família

  9. Querido Jairo,
    Quanta emoção ao ler esta e tantas outras histórias que contam tanto sobre suas raízes. Obrigada por compartilhá-las sempre conosco. Sua mãe lhe abençoa e deve estar muito feliz lá em cima, além de muito orgulhosa do filho que teve junto ao amor de sua via, o Sr Manoel.
    Parabéns e Feliz Passagem junto aos seus.

  10. Jairo, o seu pai me admitiu no Einstein, em uma conversa longa, junto ao Dr Feher. Foi em abril de 1977.
    Havíamos sido convidados para organizarmos, junto com o Dr. Maurício Galantier, a primeira equipe de Cirurgia Cardiovascular do Einstein.
    Desde então, convivi quase diariamente com ele no HIAE.
    Depois conheci sua vó e sua mãe A sua mãe me presenteou com uma linda estátueta de bronze.
    Adorei ler a história da sua família e, para surpresa minha, descobri vários pacientes meus, como seus tios e amigos.
    A família da Luci também tive o prazer de conhecer, e gostava muito de conversar com os seus sogros. Pessoas maravilhosas também.
    Finalmente, gostaria de elogiar você, pelo carinho e objetividade deste relato familiar.
    Parabéns a você, um grande beijo na Luci e nos seus filhos

  11. Jairo…
    Feliz de você ser tudo…que vc é. Que bom termos pessoas como vc entre nós na Terra. Bj no coração!

  12. Primo, fantástico ter conhecido a sua mãe, pena que não pude me aproximar dela como eu gostaria.. Mas sei que meu pai sempre foi considerado o engenheiro de confiança dela! Ele pode te contar outras tantas histórias memoráveis da sua mãe.. Excelente relato! Um beijo enorme e fiquem com D’us, Bala

    1. Bala querido, assim é a vida. Muitas vezes só vamos entender o filme no final do mesmo. Felizmente, temos estas maneiras de manter as memórias vivs. bjs

    1. Tetê querida, obrigado. Estes relatos fazem com que os que se foram, permaneçam vivos nos nossos corações. bjs

  13. Querido Dr. Jairo!
    Que história linda! Família é benção de D’us e com certeza vc é bem aventurado!
    Tenho orgulho da sua história e por fazer “parte” dela, trabalhando no hospital idealizado, estruturado e fundado pelo seu pai!! Família Einstein, se me permite sentir assim !
    Que D’us te de sabedoria e permita continuar o legado desta família maravilhosa!!
    Abraço,

    1. Claudia querida, minha amiga de tantas jornadas. Você é parte da minha família, temos o mesmo DNA, de querer o bem a todos.
      bjs virtuais

  14. prezado Jairo
    Desde sempre fui uma apaixonada por historias de familia…
    A que li agora foi um presente!
    Obrigada e parabens

    1. Cara amiga “epistolar”,

      Este Blog é uma espécie de “terapia” para mim. Já que não posso mais viajar e fazer as coisas que tanto gosto, viajo nele e de quando em quando tenho alguma ideia do que postar que junta vários interesses e gostos, como este.
      Obrigado por me acompanhar nesta jornada

      jairo

  15. Jairo, que bela história, tão bem descrita por você. Passei a conhecer a tua mãe. Obrigada por contar.

  16. Jairo: na foto da sua mãe de 15 anos eu conheço mais duas moças. A da direita da sua mãe é Frida ( Guelman de casada) e a 3a da direita é Riva Alexandr

    1. Roberta,

      Veja como este é um mundo maravilhoso de se viver, uma foto de 85 anos atrás nos une hoje

  17. Dr. Jairo

    Nossa! Que legal !

    Amei ler tua história, muito linda , parabéns pela família maravilhosa .

    Helena Maria

    1. Helena querida,

      Muito obrigado. Vc é parte da nossa história e sempre temos vc no nossos corações
      Um enorme beijo (virtual)

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